A obra “Inércia” é composta por uma série de peças de porcelana, que reproduz a figura de um super herói (super homem), são colocadas juntas sobre uma prateleira de madeira que ocupa uma parede interna da galeria. Esta série se enfrenta com uma imagem de vídeo transmitida por um aparelho de TV, normalmente era por esta e agora pelo computador, por onde alguns mitos contemporâneos chegam até nós. A imagem corresponde à representação do mesmo objeto em porcelana que vemos na prateleira, deslocando-se numa esteira rolante industrial, que logo em seguida cai num vazio quebrando-se em “mil pedaços”.
O espectador não vê o impacto sobre o solo, apenas escuta o seu ruído. Logo abaixo da exibição da imagem, encontramos o terceiro elemento, decomposto em pedaços.
O jogo proposto entre os três elementos da instalação produz uma reação visual em cadeia, como se o espectador entrasse numa espécie de “repetição infinita” de produção, reprodução, destruição, reconstrução e transformação de um elemento pertencente à cultura visual e ao imaginário mitológico da cultura de massa.
A inércia, ou a “força motriz” que move toda a instalação, é tentar criar um modelo de instalação em contínuo devir, onde a impossibilidade de acabar com a representação de nossos mitos retorna para nossa esquizofrenia cotidiana.
Se destruirmos nossos mitos, o que vamos fazer com os fragmentos?
The work "Inertia" is composed of a series of pieces of porcelain which reproduces a picture of a superhero (super man). They are placed together on a wooden shelf installed in inner wall of the gallery. This series of objects is installed in front of a video image transmitted by a TV set or a computer, an object through which we get in touch with some contemporary myths. The image corresponds to the representation of the same porcelain object we see on the shelf, moving an industrial conveyor belt, which then immediately falls into an empty breaking into "a thousand pieces."
The viewer does not see the impact on the ground, just listens to the sound. Right below the image display, the third elemento can be seen, broken into pieces.
The proposed game between the three elements of the installation produces a visual chain reaction, as if the viewer entered a kind of "infinite loop" production, reproduction, destruction, reconstruction and transformation of an element belonging to the visual culture and to the Mythological imaginary of mass culture.
The inertia or the "driving force" that moves the installation as a whole the attempt is to create an installation model in continuous becoming, where the inability to end the representation of our myths returns to our everyday schizophrenia.
If we destroy our myths, what do we do with the fragments?