floração

Imagens fotográficas em óxidos minerais (cobalto, ferro e manganês) e cimento, reveladas em fibrocimento, encapsuladas com resina ótica.

Dimensão: 90x270 cm [tríptico 3 x (90x90 cm)].

Ao acompanhar uma edificação arquitetônica durante meses, as mutações antrópicas parecem corroer o tempo e a natureza em prol do nascimento uma “flor” que nunca morre. Sua existência, contudo, carrega uma ambiguidade entre as vidas que estarão ali contidas e aquelas que foram sacrificadas, uma espécie de renovação do que reconhecemos como natureza; pois agora podemos ver que a natureza se apresenta com sua forma ampliada, sem limites, podendo despertar em nós um sentimento de sublimidade, onde nossa imaginação seja estimulada em seu máximo e todas as determinações de finitude se dissolvem.

São três tempos de uma floração, selecionados a partir de fotografias de dois anos de observação e registro, que compõe esta obra, criada por imagens constituídas por óxidos minerais e cimento sobre placas de fibrocimento. Uma metáfora visual sobre materialidade fotográfica, rito diário e dúvidas sobre o futuro.