alvoradas em concreto - 7 da série “imagem-concreto”

Fotografias em óxidos minerais (cobalto, ferro e manganês) e cimento sobre fibrocimento, encapsuladas com resina ótica.

Dimensões: 40 x 280 cm (7 peças de 40 x 40 cm).

Salão Anapolino de Artes

Acervo do Museu de Artes Plásticas de Anápolis (Mapa)

Quando o sol desaparece no horizonte, a escuridão invade os espaços de convivência e nos convida a mudar de atitude. Contudo, logo ao amanhecer, ele reaparece e desperta em nós uma sensação de recomeço. Ao abrir os olhos, as cortinas e janelas, percebemos as cores e os brilhos das cidades-naturezas que habitamos. Porém, a cada dia essas cores vão se modificando e os tons de cinza se fazem presentes no visível, tornando a paisagem monocromática. Pensando nas alvoradas que surgem entre as cidades de concreto, resolvi acompanhar por uma semana as qualidades fotográficas desses momentos. Durante sete dias, observando e registrando o alvorecer entre prédios de concreto, elaborei uma estratégia para discutir visualmente sobre o tempo e a materialidade das imagens produzidas, pois as sete imagens foram capturadas no horário do amanhecer correspondente ao seu dia de registro. As imagens fotográficas foram transferidas para placas de concreto por meio de pigmentos preparados com cimento, óxido de níquel, óxido de ferro e óxido de cobalto. Assim, o colorido obtido pelo sistema digital da câmera fotográfica foi substituído pelas qualidades do cinza resultante dessa mistura de óxidos e cimento sobre as placas de concreto, as quais foram encapsuladas com resina ótica, gerando a obra Alvoradas em concreto - 7. Com isso, sob o brilho da resina, vemos uma “cidade” que parece estar esquecida pela luz.